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Uma empresa de venda de implementos e maquinários agrícolas recebeu, na tarde de sexta-feira (17), produtos que haviam sido adquiridos de forma fraudulenta. O caso foi alvo de investigação da Polícia Civil de Três Pontas e gerou em maio de 2022, a “Operação Chargeback”, em São Paulo (SP). O maquinário chegou depois de terminado os procedimentos legais, evitando um prejuízo para a empresa de aproximadamente R$350 mil. “Para fazer o cadastro, eles enviavam dados de pessoas e produtores rurais idôneos, que na verdade tiveram seus dados furtados. As operadoras de cartões também davam autorização ao pagamento, pois não haviam sido informadas pelos seus clientes que os cartões foram clonados. Com autorização das empresas bancárias, a mercadoria era faturada e disponibilizada para retirada. Eu fiquei desconfiado a partir da terceira entrega. Os supostos clientes não estavam nem questionando os preços. Então entrei em contato com a Polícia Civil, que imediatamente iniciou os trabalhos técnicos de investigações”, relatou o empresário Antônio Lúcio Gomes Santos Júnior. O delegado Dr. Gustavo Gomes, explica que a polícia tem dois objetivos: atribuir a responsabilidade aquele que cometeu o crime e buscar ressarcir ao máximo o prejuízo da vítima. Nesta ação, bastante exitosa, é preciso destacar a percepção da empresa de que as vendas se tratavam de um golpe e da dedicação da equipe de investigadores, que iniciou as diligências imediatamente. Caso a polícia não agisse com rapidez, poderia não obter o êxito desejado na operação. A equipe foi a São Paulo em duas oportunidades, fez diligências em vários momentos e, com o apoio da equipe do “Garra” (Polícia Civil) e da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo, interceptaram a carga, que teria como destino a região do Triângulo Mineiro. “Foi um trabalho de muito aprendizado de toda nossa equipe. Depois destas diligências, outros crimes foram apurados, inclusive fora do Estado de Minas Gerais. É importante dizer que, quanto antes formos acionado, mais fácil pode se tornar a investigação, já que estamos lidando com profissionais do estelionato”, disse o investigador Rodrigo Silva. O nome da Operação: “Chargeback”, faz referência a uma ferramenta utilizado no sistema financeiro quando o titular do cartão contesta alguma cobrança e solicita a devolução do valor. A tradução de chargeback para o português seria algo como “reversão de pagamentos”. (Correio Trespontano / Equipe Positiva).