A maior preocupação da direção da Santa Casa de Três Pontas com esta fase mais crítica da pandemia da Covid-19 no Brasil, é o colapso do sistema de saúde, como voltou a ser registrado nos últimos dias em várias regiões do país. No Hospital São Francisco de Assis – que se tornou referência para a macrorregião, recebendo pacientes de várias regiões de Minas Gerais -, o estoque de medicamentos e insumos está ficando escasso, e os preços dispararam. Os medicamentos que mais preocupam entrar em falta são os que integram o kit-intubação, como os relaxantes musculares e sedativos. Para o diretor-técnico Dr. Geovanni Barros Pereira, a situação não pode ser considerada confortável, mas está administrável, diferente de outros municípios em que é caótica. “Isto é resultado de um trabalho alinhado, desde a chegada do paciente ao PAM”. Segundo Dr. Geovanni, o acolhimento precoce é fundamental para o resultado positivo de um tratamento. “Temos conseguido internar os pacientes numa condição propícia ao tratamento. Os óbitos acontecem quando o paciente chega em uma situação em que não há mais o que fazer”, esclarece. Segundo provedor Michel Renan, o desabastecimento de insumos já fez com que a Santa Casa suspendesse por tempo indeterminado as cirurgias eletivas. Estão sendo realizadas apenas as cirurgias de urgência e emergência. “Os laboratórios vêm advertindo os hospitais que a qualquer momento podem entrar em colapso. Se isto ocorrer, a situação se torna preocupante. Por isto é preciso buscar o isolamento, até a situação voltar ao controle”, destacou o provedor. Hoje, os 10 leitos criados para atendimento à Covid-19 estão com 100% de sua capacidade. Dos 21 leitos de enfermaria para tratar a doença, 11 estão ocupados. Na foto, Dr. Eduardo, Michel Renan e Dr. Geovanni. Todos os detalhes da reportagem na edição impressa do CT. (Correio Trespontano / Equipe Positiva).