O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, acelerou para 0,62% em dezembro, acima da alta de 0,41% em novembro. Com isso, o país fechou o ano com inflação acumulada de 5,79%, acima da meta definida pelo governo, apontam os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o quarto ano seguido em que o país fechou o ano com alta de preços superior à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2022, a meta era de 3,5% com teto de 5%. Embora tenha estourado o teto da meta, ficou bem abaixo do registrado em 2021, quando ficou em 10,06%. Entre janeiro e julho, a inflação acumulada em 12 meses ficou acima de 10%, sendo que em abril foi registrado o pico, com o indicador acumulado em abril, de 12,13%. Foi na passagem de junho para julho que alta de preços começou a desacelerar e, a partir de agosto, saiu da casa de dois dígitos. Foi o grupo de transportes que freou a inflação no país em 2022. Por três meses seguidos, de julho a setembro, houve deflação pressionada pela redução no preço dos combustíveis, sobretudo da gasolina – desde 1998 o país não registrava três deflações seguidas. De acordo com o gerente da pesquisa de preços do IBGE, Pedro Kislanov, se gasolina e energia elétrica fossem retiradas do cálculo do IPCA e seus pesos redistribuídos entre os demais itens que compõem o indicador, o país teria fechado o ano com inflação de 9,56%. Os preços da gasolina caíram de forma mais expressiva entre os meses de julho e setembro, em decorrência de uma série de reduções no preço do combustível nas refinarias e da aplicação da Lei Complementar 194, que limitou a cobrança de ICMS sobre os combustíveis pelos estados. (Fonte: G1).