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Um casal de estudantes da Apae de Três Pontas (MG) está noivo e já tem até a data para o casamento. Mateus Sarto Becati e Naiara Vieira Santos, ambos com 24 anos, se conheceram há seis anos e logo começaram a namorar. Neste mês, os dois noivaram. A troca de alianças só fez aumentar a ansiedade do casal. “Chamei os nossos pais e as nossas mães, que nos ajudaram nesse apoio”, explica Matheus. A noiva contou que Mateus é um bom namorado e que gosta muito dele. “Ele é um bom namorado e muito especial para mim. É meu noivo e eu gosto muito dele”, afirma Naiara. A Rosineide é mãe da Naiara e como a maioria das mães, tem o coração dividido entre ciúme e alegria antes do casamento. “Sempre que ela era mais nova, ela falava de casar e eu ficava no meu coração: ‘ai coitada ela não vai, isso não vai acontecer’. Mas agora, a gente vendo, já foi noivado, uma festa muito bonita que eu não esperava”, conta a mãe da noiva. Segundo Rosineide, o contato familiar não vai diminuir, pelo contrário. Apesar da independência do casal, a sogra conta que Mateus vai ter que se acostumar com ela por perto. “Nós vamos nos unir, nossa família vai ter que se unir com a dele, pois a sogra dela, vai dar um filho para eu cuidar e eu vou dar uma filha para eles cuidarem” explica a sogra de Mateus. Depois de casados, eles vão separar o tempo entre a casa dos pais da esposa, dos pais do marido e a própria casa. E a casa dele será construída no terreno da dona Lenice mãe do Matheus. “Eles estão pensando em construir uma casa para eles morarem, unida à minha casa. Assim eu tenho acesso, caso tenha alguma necessidade eu estou pertinho”, explica a mãe do noivo.
A mãe do noivo, contou que está muito feliz pelo filho. “O coração está apertadinho, mas estou muito feliz, a Nayara é uma menina muito boa, o Mateus também. Os dois estão lutando pelo bem deles, felicidade deles”, conta a sogra da noiva. Nesta terça-feira (21), foi celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A campanha que comemora a data é “Faça com a gente, não pela gente”. É o que as duas famílias querem. Segundo a assistente social da Apae, foi uma decisão tomada graças ao trabalho dos profissionais do local. “Com esse serviço conseguimos tanto os apoios familiares para que eles consigam essa autonomia. Mesmo agora com essa questão do casamento eles ainda vão continuar tendo o apoio para que tenham mais autonomia, para que consigam administrar a rotina da casa e do dia-dia deles. A gente apoia o amor e o cuidado, é muito gratificante ver o quanto as pessoas com deficiência tem conquistado seus direitos e avançando”, Marcela Lima Oliveira, assistente social. (Fonte: G1 / Foto: Reprodução EPTV).